quinta-feira, abril 10, 2008



AMENIDADES
NO BALCÃO DA ALFÂNDEGA
Seu nome ?
- Abu Abdalah Sarafi.
- Sexo ?
-... Quatro vezes por semana...
- Não, não, não! Homem ou mulher?
- Homem, mulher... Algumas vezes camelo...







COCOROCÓ – PARTE II
Agora, todo dia no plenário do respeitabilíssimo Senado Federal, durante as sessões aparece uma nobre senadora com um papel na mão para ler um manifesto de um conselho de defesa dos direitos das mulheres não se das quantas, protestando contra o discurso, sem a menor importância, do nobre senador Mão Santa por ter dito que a ministra Dilma “carcareja” (cacareja). O que me impressiona é a quantidade de conselhos de defesa dos direitos da mulher que existe na republiqueta, é Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres Encalhadas, Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres Estrábicas, Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres Sem Orgasmos, tô vendo a ora de aparecer o Conselho de Defesa dos Direitos das Mulheres Cacarejarem.
Aliás, não sei qual será a polêmica do ano, se a falação do senador ou se o Marcelo Madureira ter dito que o Glauber Rocha é uma merda.
E de mediocridade em mediocridade, a republiqueta vai vivendo sem um arranhão.
Cocorocooooooó!







QUANDO SE QUER, SE FAZ JUSTIÇA
Agora, quando querem se omitir ou ser conivente com a putaria reinante no país, busca-se as filigranas jurídicas e agarra-se ao “sagrado direito constitucional” da republiqueta.

DECISÃO

Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e
Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.

Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros
fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito
Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...
Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém.
Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington,
a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização
européia....
Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça
dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela
Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?
Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de
tamanha obviedade.
Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas
técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.
Simplesmente mandarei soltar os indiciados.
Quem quiser que escolha o motivo.
Expeçam-se os alvarás. Intimem-se


Rafael Gonçalves de Paula
Juiz de Direito
3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins

Ano 2006
(recebido por e-mail)


NOTÍCIA FRESQUINHA, NO BOM SENTIDO É CLARO
Enquanto me preparava para atualizar este humilde blog Jô Soares em seu programa, informava que, acabou de chegar ao Brasil um grupo de piratas. Vieram fazer um curso de aperfeiçoamento.

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